Professor do curso de Medicina Veterinária participa do IX Simpósio Internacional de Ortopedia de Cães e Gatos | Acontece na Uniube

Professor do curso de Medicina Veterinária participa do IX Simpósio Internacional de Ortopedia de Cães e Gatos

03 de maio de 24
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O professor do curso de Medicina Veterinária e do Programa de Pós-Graduação em Sanidade e Produção Animal nos Trópicos (PPGSPAT), Endrigo Gabellini Leonel Alves, representou a Universidade do Agro | Uniube no IX Simpósio Internacional de Ortopedia de Cães e Gatos. O evento aconteceu entre os dias 25 e 27 de abril em Jaboticabal - SP, e o professor liderou a apresentação de três pesquisas: "Efeito da Obesidade na Reparação Óssea de Ratos", "Undecilato de Testosterona na Reparação Óssea de Ratos" e "Ozonioterapia na Reparação de Fraturas Experimentais em Fêmur de Coelhos".


Os trabalhos são frutos do projeto de pesquisa do PPGSPAT, com a participação efetiva dos alunos de mestrado Trayse Graneli Soares, Julia Perinotto Picelli, Marina Cazarini Madeira, Alessa Resende Costa, da aluna de iniciação científica Isabella Ribeiro Alves, e dos professores Isabel Rodrigues Rosado e Ian Martin.


"O primeiro diz respeito à reparação de lesões ósseas em animais obesos. Avaliamos se há alguma diferença na reparação óssea entre obesos e não obesos. A obesidade é uma epidemia mundial, tanto em seres humanos quanto em animais de estimação, e nosso estudo mostra que a reparação óssea em animais obesos é similar à dos animais com peso normal, o que indica que a principal causa de falha mecânica em implantes é o excesso de peso", explica o professor Endrigo Gabellini Leonel Alves.


O segundo projeto está focado em terapias que melhoram a reparação óssea. "Sabemos que hormônios esteroides, principalmente os derivados da testosterona, aumentam o metabolismo de todos os tecidos, incluindo o tecido ósseo. Estamos estudando um chamado Undecilato de Testosterona, que tem a vantagem de ter uma duração ultra curta. Até então, não havia estudos desse andrógeno na reparação óssea, e nosso estudo sugere que ele melhora os tecidos moles sem causar efeitos colaterais graves, o que é um resultado importante", avalia.


O terceiro estudo trata da Ozonioterapia, uma técnica alternativa amplamente utilizada em várias doenças e patologias. "Baseada no estresse oxidativo controlado, ela traz uma série de benefícios, incluindo aumento da neovascularização, oxigenação tecidual, efeitos anti-inflamatórios, analgésicos e antimicrobianos. No entanto, não havia estudos dessa terapia no tecido ósseo para reparação de fraturas. Dos três estudos, este foi o que trouxe o resultado mais interessante. Identificamos que ela aumenta a formação óssea e o número de osteoblastos, células que nutrem o osso, porém, tivemos dois casos de morte súbita. Estamos discutindo, pois, embora seja eficaz e considerada muito segura de acordo com a literatura, essa não é nossa opinião. Em um universo de 20 animais, perdemos dois, resultando em uma letalidade de 10%, que consideramos muito alta. Deve ser usada, mas com extrema cautela", comenta.


Os três projetos respondem a perguntas muito importantes. "Fico muito feliz e orgulhoso por ter os três trabalhos aceitos, o que demonstra que estamos fazendo ciência de ponta e de relevância. Nosso programa foi criado com foco em doenças e patologias tropicais, que inclusive dão nome ao Programa de Pós-Graduação em Produção e Sanidade Animal nos Trópicos (PPGPSAT). Por demandas internas, metade dos nossos alunos tem grande afinidade com pequenos animais e animais silvestres, o que nos levou a criar uma linha de pesquisa em Fisiopatologia Clínica e Cirúrgica para atender essa demanda. É um programa muito abrangente", finaliza Endrigo.


Carolina Oliveira | Universidade do Agro