Iniciação Científica busca promover tratamento para doença de Parkinson por meio de Realidade Virtual | Acontece na Uniube

Iniciação Científica busca promover tratamento para doença de Parkinson por meio de Realidade Virtual

02 de julho de 19
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No mês de maio, alunos do projeto de Iniciação Científica: Desenvolvimento de aplicações da Realidade Virtual e Aumentada na área da Saúde, da Uniube Uberlândia, visitaram a Associação Parkinson do Triângulo, local que atende aproximadamente 60 pacientes diagnosticados com a doença.


O projeto, encabeçado pelos alunos Gabriel Lincoln Lacerda Ribeiro e Igor Silvano de Oliveira, sob a orientação da professora Luciene Chagas de Oliveira, tem como objetivo realizar o desenvolvimento de um game de Realidade Virtual. O game buscará a reabilitação de pacientes com doença de Parkinson por meio de interação natural e do feedback visual para movimentos do corpo, com objetivo de uma análise prospectiva e da evolução durante o processo de reabilitação.


Na visita, os alunos e a professora foram acompanhados por uma das fundadoras da Associação, Cristiane Morais, que é fisioterapeuta com especialização em Reabilitação Neurológica e aprimoramento em Doença de Parkinson. Cristiane falou sobre o trabalho na clínica e deu ideias do que pode ser desenvolvido para colaborar com a reabilitação de pacientes com a doença. Ela também se disponibilizou a auxiliar nas pesquisas e nos testes a serem realizados.


“A interação com pesquisadores da Universidade nos trouxe a preocupação de outros profissionais com o desenvolvimento de tecnologias em saúde, o que é muito importante, pois, aliada à reabilitação, a tecnologia só vem somar e contribuir com a recuperação do paciente, em especial com os pacientes de doença de Parkinson, que possuem diversos sintomas motores relacionados à patologia”, contou Cristiane.


Segundo a orientadora da Iniciação Científica, professora Luciene, a quantidade de pesquisas e experiências de utilização da Realidade Virtual para a doença de Parkinson ainda é pequena. Mas tende a crescer em função dos avanços da tecnologia e dos benefícios que essa tecnologia oferece.


“Uma pesquisa realizada pela GartnerHype Cycle, em 2018, destaca a Realidade Misturada como uma tecnologia emergente nos próximos 5 a 10 anos. Essa relação se tornará muito mais interligada à medida que a evolução da tecnologia se torne mais adaptável. Dentre as tecnologias a serem consideradas, se incluem a Realidade Virtual, a Realidade Aumentada e os dispositivos de interação natural”, disse Oliveira.


De acordo com Cristiane, a visita foi muito produtiva, uma vez que os alunos puderam vivenciar na prática as dificuldades relacionadas à doença por meio da observação dos pacientes em reabilitação dentro da instituição. “Falamos sobre todos os sintomas da doença, em especial aqueles que interferem na qualidade de vida, independência e autonomia, que são os principais aspectos trabalhados na reabilitação”.


“Discutimos, em conjunto, como a realidade virtual poderia contribuir com esses aspectos, dado que pode ser utilizada na reabilitação. Vejo que a somatória de conhecimentos é a grande aliada para desenvolvimento de pesquisas realmente válidas, não só para esse grupo, Parkinson, como em toda área de saúde. Percebi que os alunos ficaram entusiasmados diante de tantas possibilidades de contribuição no desenvolvimento de tecnologias, através das pesquisas que a Uniube possibilita”, conclui Cristiane.


Em números


Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, a doença acomete cerca de 1% da população mundial com mais de 65 anos. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, estima-se que 200 mil pessoas sofram com o Parkinson. A doença é caracterizada por tremores involuntários, instabilidade, articulações rígidas e movimentos mais lentos, além de possível alteração do ritmo intestinal e depressão. Segundo a Associação Brasil Parkinson, a causa da doença ainda é desconhecida.