Universidade do Agro traça possível parceria com comitiva de Moçambique | Acontece na Uniube

Universidade do Agro traça possível parceria com comitiva de Moçambique

10 de abril de 23
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A Universidade do Agro recebeu, no último mês, a visita de uma comitiva de Moçambique. A visita teve o objetivo de traçar possíveis parcerias da Universidade com o país africano no fornecimento de capacitações para o aprimoramento do agronegócio da região, especificamente na questão da autossuficiência.


Participaram da visita o Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão da Uniube, André Fernandes; o coordenador da Universidade do Agro, Caio Márcio Gonçalves; o presidente da Federação Nacional de Associações Agrárias de Moçambique (Fenagri), Hernani Mussanhane; o pesquisador Carlos Zandamela, da Coalition for African Rice Development (Card); e o diretor de Relações Internacionais da International Center for Innovation and Transfer of Agricultural and Livestock Technology (CIITA), Sinfrônio Júnior.


Durante o encontro os representantes de Moçambique explicaram sobre o interesse de uma parceria com o Brasil, no que tange à transferência de tecnologia, equipamento, e capacitações, por meio da Universidade do Agro. "Nós fizemos uma agenda aqui Brasil-África, juntamente com o CIITA, do qual eu faço parte, para falar sobre um tema muito sensível para o povo africano, que é a autossuficiência do arroz. Atualmente, Moçambique importa 320 milhões de dólares, anualmente, só na compra de arroz, porém o país tem água em abundância, terras férteis e mão de obra extensa. Por isso, viemos falar sobre uma parceria na área educacional", explica Sinfrônio.


Segundo Hernani Mussanhane, a mudança principal que buscam é na maneira de produção e do trabalho, no comportamento dos agricultores. "O Brasil deu um grande salto na cultura do arroz dentro de 50 anos. E Moçambique está hoje, inclusive com dificuldades semelhantes, como Brasil estava há 50 anos atrás. E nós não podemos esperar 50 anos para atingirmos esse ponto atual. Precisamos encurtar esse tempo. Então, prevemos uma mudança de, no mínimo, de 5 a 7 anos; e caso não seja tão bem-sucedida, com algumas falhas, um processo de 10 anos", pontua.


A parceria leva em consideração também o idioma e o clima do Brasil, que são semelhantes aos de Moçambique. "Temos uma grande vantagem: o nosso programa de arroz está devidamente alinhado com o que chamamos de Plano de Desenvolvimento do Setor Agrário até 2030, que já coloca o arroz como uma das prioridades do país e destaca o setor privado como elemento chave para a transformação. Moçambique, neste momento, tem um déficit de 57% em relação à necessidade de consumo, a nossa ideia é até 2027, que é muito perto, passar para 2% esse déficit e em 2030, déficit zero", finaliza o pesquisador Carlos Zandamela.


Universidade do Agro


A Universidade do Agro é uma unidade de negócio lançada pela Instituição no último mês, que visa atender e impulsionar o agronegócio no país. O projeto oferta cursos de graduação e pós-graduação em Agronegócio, Agronomia, Logística, Medicina Veterinária, Zootecnia e outros ligados ao Agro, além de cursos livres, serviços de exames, testes, diagnósticos laboratoriais, palestras de consultorias e desenvolvimentos de novos produtos, reunidos em uma plataforma eletrônica de E-commerce.


A estrutura da Universidade do Agro é a de uma Universidade como a Uniube, com 75 anos de história, porém, segmentada em carreiras relacionadas ao Agro. "A Universidade do Agro já inicia no mercado com grande relevância, tanto nacional quanto internacional, afinal, temos projetos consolidados no Brasil e fora, principalmente em países da África, com o objetivo de melhorar a produção de alimentos em países como Costa do Marfim, Camarões e Nigéria. Já fizemos projetos para o México, para o Gabão, e temos outro projeto na pauta dentro do convênio que a Uniube tem com a FGV Europa, e também com o CIITA. A ideia, com certeza, é que a Universidade do Agro se torne uma referência nacional e internacional. Com relação à infraestrutura física, temos o HVU, o Park LAB, o Uniube Maker, a Unitecne, a Fazenda Escola e muitos outros laboratórios que serão potencializados com a Universidade do Agro. Temos muitas plataformas de apoio de TI, o próprio AVA da Uniube, laboratórios virtuais do Algetec, toda plataforma de cursos e conteúdo da Saga, plataforma Hotmart, e agora nós temos uma plataforma de E-commerce muito robusta. Vamos criar muitos outros cursos, tanto na graduação quanto na pós-graduação, fortalecendo ainda mais a Universidade do Agro", finaliza o Pró-Reitor André Fernandes.