Uniube e OAB promovem evento em referência ao Setembro Azul

A Uniube e a Ordem de Advogados do Brasil (OAB), 14º subseção de Uberaba promoveram o evento "A acessibilidade linguística e a efetivação do princípio da igualdade no acesso à justiça pela pessoa surda", em referência ao Setembro Azul. A programação contou com uma mesa-redonda, que teve a participação da docente Fernanda Gonçalves, além da leitura de uma carta aberta ao poder judiciário, realizada pela professora Simone Rocha Pereira. 

O encontro teve como objetivo promover reflexões sobre o acesso à justiça por parte das pessoas surdas e propor soluções para uma sociedade mais inclusiva e equitativa. Segundo Simone, o intérprete de libras tem papel fundamental no processo de transmitir a mensagem de forma fiel entre as partes, sem interferir ou alterar o conteúdo. "A parceria com o advogado e demais envolvidos exige conversas prévias para compreender o contexto, o assunto e os termos técnicos utilizados. O intérprete deve ser uma pessoa de confiança, que domine as línguas envolvidas e garanta o respeito aos direitos das pessoas surdas no sistema", pontuou. 

A docente e integrante da comissão organizadora, Jussara Pedrosa, reforçou a importância da aplicação do princípio da igualdade às pessoas com deficiência auditiva. "Quando há uma pessoa surda, deve haver paridade. Muitas vezes, uma pessoa com deficiência se sente sozinha, sem um intérprete de Libras perante o Judiciário. Esse evento tem como principal intuito demonstrar a importância da acessibilidade", destacou. 

Já o advogado e um dos idealizadores do encontro, João Damico, ressaltou a importância da união entre a Comissão da Pessoa com Deficiência da OAB e a Uniube. "A ideia é que ambas as instituições caminhem juntas para garantir à comunidade surda um acesso de qualidade ao judiciário, uma vez que essa parcela da população ainda é excluída nesses âmbitos", concluiu. 

Pâmela Rita