Serviço de reabilitação cardiopulmonar trabalha assistência continuada | Acontece na Uniube

Serviço de reabilitação cardiopulmonar trabalha assistência continuada

13 de junho de 22
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Carolina Oliveira


A Reabilitação Cardiopulmonar é um serviço desenvolvido na clínica de Fisioterapia da Uniube há 21 anos. Foi pioneiro na cidade e realiza cerca de 890 procedimentos anualmente. A assistência é desenvolvida em grupo, e envolve treinos aeróbicos, de fortalecimento muscular, de equilíbrio e da musculatura respiratória, proporcionando qualidade de vida aos pacientes com doenças cardíacas e pulmonares.


Ao chegar na clínica, o paciente passa por uma avaliação individual e personalizada, e os objetivos e condutas são alinhadas. "É feita uma avaliação de toda a função, não só respiratória, mas também cardíaca, e esse paciente é reavaliado periodicamente. Após a avaliação, traçamos os objetivos e as condutas que serão realizadas com esse paciente. Enquanto profissional, frisamos muito a questão do exercício físico, afinal, não é porque se trata de um problema respiratório que não realizaremos os exercícios. Trabalhamos com exercícios de força, de potência muscular, de flexibilidade e de equilíbrio", explica a preceptora de reabilitação cardiopulmonar, Ana Carolina Otoni.


A fisioterapia é grande aliada na reabilitação cardiopulmonar. "Devemos conscientizar que a fisioterapia também auxilia muito esses pacientes, conseguimos melhorar a questão da falta de ar em repouso, a funcionalidade e o condicionamento físico. Nós realizamos a avaliação e o tratamento individualizados, baseados nas alterações de cada paciente", reforça.


DPOC - Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica


Um dos pacientes do grupo de atendimento é o Teonício Duarte. Ele tem 73 anos, e foi fumante por 50 anos. Em 2018, após uma falta de ar intensa com presença de secreção, ele procurou atendimento médico, e durante a primeira internação, recebeu o diagnóstico: DPOC. A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica geralmente é provocada pela fumaça do cigarro e de outros compostos nocivos, obstruindo as vias aéreas, e dificultando a respiração. Os principais sintomas são falta de ar, pigarro, tosse crônica e tosse com secreção que piora pela manhã.


Embora seja uma doença que não tem cura, a reabilitação proporciona o controle dos sintomas e redução de complicações. "O Teonício descobriu a DPOC em 2018. Ele teve muita falta de ar e bastante secreção, e por isso precisou ser internado. O hospital o encaminhou para a clínica, e ele chegou aqui com dispneia em pequenos esforços, não conseguia subir uma escada, e a oxigenação dele caía durante os exercícios. Para ele, traçamos os objetivos de melhorar o condicionamento físico, de manter as vias aéreas pérvias e de melhorar a oxigenação", conta a preceptora.


A reabilitação cardíaca e metabólica acontece em quatro fases. "A primeira fase da reabilitação é feita no hospital, quando o paciente tem muita falta de ar ou secreção no pulmão. A fase dois e três são realizadas aqui no ambulatório. Trabalhamos na fase dois a questão do exercício e da monitorização precoce, e na fase três fazemos todo esse acompanhamento. Trabalhamos para atingir a fase quatro, que é uma fase domiciliar, onde o paciente consegue realizar o exercício e se monitorizar sozinho", explica a preceptora.


Resultados


Em quase quatro anos de acompanhamento na clínica de Fisioterapia, os resultados do Teonício são excelentes. "Com a reabilitação, o Teonício tem se mostrado muito bem, a oxigenação não tem caído dentro do limite de referência, e ele não tem mais a falta de ar, nem em repouso, nem durante os exercícios", enfatiza a preceptora.


A reabilitação proporcionou qualidade de vida ao Teonício. "Quando eu comecei o tratamento, minha filha tinha que me trazer, eu não conseguia vir de carro sozinho. Agora eu estou cem por cento, graças a Deus, e espero melhorar cada dia mais. Quem tem problema de pulmão deve fazer fisioterapia, é muito bom. Eu cheguei aqui com muita dificuldade para respirar e hoje estou respirando normal, não tenho mais nenhum problema", comemora o paciente Teonício Duarte.