Residente da Uniube realiza estágio optativo no Hospital de Amor, em Barretos

Carolina Oliveira

Aluno do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde - Atenção à Saúde em Rede da Uniube, Rodrigo Cesar de Almeida, formado em Psicologia, irá passar o mês de agosto no Hospital de Amor, em Barretos, realizando o estágio optativo, que é permitido a partir do segundo ano de residência. O estágio pode ser realizado em outra instituição de relevância à formação do residente, podendo ser em âmbito nacional ou internacional.

O interesse de Rodrigo pela Oncologia surgiu ao observar a peculiaridade dos casos. "A Oncologia pediátrica me chama atenção pelo fato de ser muito particular. Os cânceres que acontecem nas crianças e adolescentes são muito específicos apesar de ser uma gama enorme de doenças. O funcionamento no corpo é muito específico e as reações emocionais que existem nessas crianças, nos familiares e até na equipe de saúde é uma área que me chama atenção, porque infelizmente temos relativamente poucos profissionais preparados para lidar com essa demanda de crianças e adolescentes portadores de doenças cancerígenas", explica o residente Rodrigo Cesar de Almeida.

Com duração de trinta dias, a vivência é voltada para a residência observacional. "Eu escolhi Barretos porque é a referência do tratamento de câncer mais próximo que temos de Uberaba, e tenho uma trajetória voltada para o tratamento oncológico, para situações de cuidados paliativos e principalmente quando se trata de casos na infância e adolescência. Eu participei de um intercâmbio no Peru, tenho uma pós-graduação em cuidados paliativos, então é uma área que eu me interesso bastante, e por isso eu escolhi ir para Barretos, afinal, o Hospital de Amor é uma referência", conta.

A experiência proporcionará a prática em diversas alas do hospital. "Vou atuar no ambulatório e também na internação, onde as crianças ficam por um tempo prolongado, atuando no atendimento psicológico aos pacientes e aos acompanhantes, normalmente as mães. O pronto socorro é um espaço humanizado, porque os pacientes se sentem muito assustados quando falam que precisam ir para essa ala. Na UTI pediátrica, onde os atendimentos são voltados aos pacientes que são internados em situações mais graves, quando não existe intervenção terapêutica para esses pacientes, por intubação ou sedação, enfim, fazemos o acolhimento com as famílias que estão com a criança ou adolescente. E nas próximas semanas, irei atuar na área de Transplante de Medula Óssea (TMO), muitas crianças vão para essa área para receberem cuidados paliativos, eles chamam de Qualidade de Vida, onde disponibilizam tratamentos voltados a crianças que não tem mais chance terapêutica", complementa.

Em poucos dias de vivência, Rodrigo já percebe como a nova atuação irá agregar valor à sua formação. "Como é uma área que não está inserida na graduação e na residência da Uniube, é um outro foco de atuação. Acredito que a relação de aprendizado vai ser extremamente importante para minha formação, para minha atuação profissional e principalmente pelo fato de que eu quero seguir essa área na psico-oncologia pediátrica. A expectativa é enorme e já está sendo superada, porque já estou há alguns dias nessa atuação no hospital, e já recebi uma enxurrada de informações e pensamentos que por não estar inserido nessa área na residência eu aprendi bastante. E são coisas que eu posso levar de volta, o conhecimento adquirido, principalmente para o Hospital Mário Palmério, pelo fato de que existem algumas situações onde pacientes (crianças), são internados para um tratamento oncológico, para fazerem quimioterapia", finaliza.