Professor da Uniube participa de Congresso de Psicologia na Holanda.
O professor do curso de Psicologia da Uniube, Matheus Fernando Felix Ribeiro, participou, na última semana, da Coference of International Psychology of Religion (2023), na Holanda. O evento tem o objetivo de reunir especialistas que possam oferecer novas perspectivas sobre religião, saúde mental, gênero e diversidade. O professor foi coordenador da mesa de religião e gênero na conferência, tema do trabalho desenvolvido por ele durante o doutorado em Ciências do Comportamento.
A participação no congresso faz parte de uma das exigências da John Templeton Foundation, uma das maiores fundações internacionais que financia pesquisas na área de religião e espiritualidade. "Meu trabalho foi uma pesquisa financiada pela Fundação John Templeton. Nela, procuramos identificar os motivos pelos quais as minorias sexuais fazem o trânsito religioso, ou seja, saem de uma religião e vão pra outra, bem como avaliamos questões relacionadas a saúde mental. Com essa pesquisa foi possível entender a direção, ou seja, para quais religiões essa população migra e também seus motivos", explica.
O projeto é intitulado "Religious coping and transit in sexual minorities in Brasil" e foi feito dentro do Programa de Pós-graduação em Ciências do Comportamento da Universidade de Brasília, no qual o professor realiza doutorado. "Enquanto educador e profissional da saúde, esse projeto permite evidenciar que a ciência é algo que demanda dedicação, pois são três anos de trabalho. A importância da parceria, que também contou com a colaboração do departamento de pós-graduação em Bioética da PUC do Paraná, é o impacto acadêmico que isso pode trazer para os alunos da Uniube, com os novos contatos que realizei lá, pois o Brasil é um país de interesse mundial quando a temática é religião", complementa.
O evento teve duração de quatro dias e seguiu um formato híbrido, todas as palestras principais foram transmitidas, bem como painéis e apresentações, com discussão híbrida. "No Congresso eu pude conhecer os maiores experts no assunto e debater com eles. Quanto ao impacto social, foi importante compreender que, para minorias sexuais, a identidade religiosa pode entrar em conflito com a de gênero e, caso não tenha suporte familiar, social, da sua comunidade, essas duas áreas podem entrar em um conflito, levando a piores índices de saúde, especificamente depressão, e percepções negativas para a religião. Também descobrimos que a múltipla pertença religiosa, quando uma pessoa tem mais de uma identidade religiosa, tende a ser um fator de lida com o estresse para as minorias sexuais", finaliza o professor.