Professor da Uniube participa de Colóquio Internacional e debate tema sobre grupalidade | Acontece na Uniube

Professor da Uniube participa de Colóquio Internacional e debate tema sobre grupalidade

16 de abril de 18
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O professor do curso de Psicologia da Universidade de Uberaba, Gregorio Esteban Kazi, irá participar da mesa redonda de abertura do II Colóquio Internacional da Rede Interuniversitária Grupos e Vínculos Intersubjetivos. O evento acontecerá nos dias 18 e 20 de abril na Universidade Presbiteriana Mackenzie em São Paulo e contará com a participação de profissionais do Brasil, Argentina, Uruguai e França.


O Colóquio traz como tema o assunto “Figuras da diferença e o dispositivo psicanalítico de grupo”. Segundo o professor a temática não é atual, nós temos autores, desde Freud, que tem um texto base para a psicologia social. Ele formula que nos constituímos sujeitos a partir de nossa relação com outros e, nesse sentido, toda psicologia é social em sentido amplo. “Isso demarca um novo campo de elucidação da psicanálise. Depois e de modo não linear, com a compreensão de fenômenos muito complexos, autores fundamentais, como, Bion e Anzieu vão abrindo as condições de possibilidade de produzir conhecimentos, discursos e práticas, a partir desse pensamento primordial”, explica Gregorio.


Ele completa falando também de outro autor fundamental para o tema: Enrique Pichón Rivière. “Nasceu na Suíça e, muito pequenino, morou na Argentina, foi fundador da Associação Psicanalítica Argentina e ele começa a pensar, em certo momento da vida dele na grupalidade. Escreveu um livro que é referência até hoje e seria um dos aprofundamentos conceituais mais importantes de como um grupo pode ser pensado em uma Usina de Produção de processos de mudanças e, ao mesmo tempo, como compreender as semelhanças dos seres humanos como sínteses das diferenças”.


Com todo o contexto histórico e estudos que perduram até os dias atuais sobre a temática, o professor reforça a importância de tal abordagem no Colóquio. “O evento possibilita esse debate histórico. Por um lado, encontramos situações, acontecimentos, dispositivos, comunidades e instituições nas quais, se possível, existe o acolhimento das diferenças. Mas também existem outros fenômenos sociais que estabelecem uma enorme dificuldade na compreensão e convivência com aquele tipificado como o ‘estrangeiro’, com aquele que me apresenta uma diferença inclusive radical para aquilo que eu acredito que eu sou, minhas crenças, minhas localizações, minha perspectiva de mundo e minhas posições”.


O debate é nesse leque complexo que vai do acolhimento das diferenças com matriz produtiva de humanidades, de novas subjetividades, até o fenômeno da supressão das diferenças. O convite para participar do evento foi feito pela professora da Universidade de São Paulo, Maria Inês, com quem o professor divide uma proximidade profissional histórica. Ele finaliza ressaltando o importante papel da Uniube nessa conquista. “Tem todo meu desenvolvimento de 30 anos de refletir, escrever, praticar a dimensão da grupalidade, mas sem a Uniube em certas dimensões teóricas que são bastante inovadoras e que foram aparecendo na possibilidade das aulas que ministro aqui e no preparo delas, no debate com os estudantes, com os colegas do curso, não apareceriam novas possibilidades de problematizar a questão das grupalidades. Então esse desenvolvimento em pensar de outro modo, sem naturalizar tal debate, pertence à Uniube”, finaliza.


Acesse o link oficial do evento, confira a programação e saiba como se inscrição:


http://coloquiointernacionalgrupo.com/index.html