Primeiro workshop sobre a Ferrovia do Cerrado reúne pesquisadores e profissionais da área | Acontece na Uniube

Primeiro workshop sobre a Ferrovia do Cerrado reúne pesquisadores e profissionais da área

01 de abril de 19
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Na última sexta-feira, aconteceu, na Uniube Uberlândia, o 1º Workshop EF-262: Ferrovia do Cerrado. O evento teve como objetivo debater assuntos técnicos ferroviários, ações e estratégias necessárias para a implantação da Ferrovia EF-262, trecho Alto Araguaia/MT-Uberlândia/MG, que é indispensável para a integração da região Centro-Oeste e do Brasil. O evento reuniu diversos empresários e profissionais interessados em investir e/ou melhorar seus conhecimentos sobre a área ferroviária,


Luiz Miguel de Miranda, professor no curso de Engenharia de Transporte da Universidade Federal do Mato Grosso e palestrante no Workshop, defendeu o evento e a necessidade de ações mais efetivas na ampliação da malha ferroviária nacional. “A nossa vinda à Uniube é uma oportunidade primorosa para que nós, junto com os outros professores, possamos estudar a alternativa da ligação ferroviária entre a região do Alto Araguaia e Uberlândia”, disse.


A proposta desse trecho está inserida no plano nacional de viação proposto em 2010. Porém, na época, não se obteve interesse na construção do trecho. Já com o aumento da demanda na região central do brasil, o assunto voltou a ser pauta de pesquisadores e empresários da região. “Atualmente, as rodovias da região central do brasil sofrem com um trânsito de 40 milhões de toneladas em cargas, o que explica a degradação avançada”, explica Miranda.


Para o engenheiro agrônomo e presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – CREA do estado do Mato Grosso, João Pedro Valente, a implantação da ferrovia é urgente para que se possa ter fretes mais baratos e, assim, melhorar a competição com o restante do país. “É um movimento extremamente importante para toda a sociedade e para o agronegócio do Mato Grosso em especial. O estado é um dos principais produtores de grãos do país, onde todo o escoamento se dá por meios rodoviários e fretes com preços elevados”, afirma.


Ainda, de acordo com Valente, iniciativas como esta, que procuram viabilizar a implantação de ferrovias para o estado, são extremamente importantes e precisam ser discutidas com toda a sociedade e governo. “Cabe agora às lideranças tomarem a inciativa. O poder público precisa ser alimentado e assessorado com informações para que ele possa investir com qualidade”, ressalta o presidente do CREA de Mato Grosso.


Para o coordenador do curso de Engenharia Civil da Uniube Uberlândia, professor Carlos Barreiro, a participação da universidade em um assunto tão importante e que contempla as áreas de competência dos egressos é essencial, visto que a inovação no setor produtivo tem como consequência o desenvolvimento do país. “A proposta surgiu no Mato Grosso e acabou ganhando força em toda região, principalmente com os demais setores da economia ‘comprando’ a ideia”, completa.


“Atualmente, toda nossa malha ferroviária é fraccionada, então houve essa proposta do Mato Grosso e, a partir daí, trouxe a discussão para o Triângulo Mineiro que, com a implantação, será o ponto de encontro da nova ferrovia com outro projeto, a Norte-Sul”, finaliza Barreiro.