Parceria entre a Universidade do Agro e Embrapa Cerrados começa na Cidade do Agro | Acontece na Uniube

Parceria entre a Universidade do Agro e Embrapa Cerrados começa na Cidade do Agro

05 de novembro de 24
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A parceria entre a Universidade do Agro e Embrapa Cerrados, voltado a cultura da mandioca, teve início na última semana, na Cidade do Agro. O plantio envolveu alunos das modalidades presencial e EAD, e outro parceiro da Instituição, a Agrimec, que produziu uma máquina exclusiva para o plantio das manivas na Cidade do Agro. O projeto tem três linhas de pesquisa distintas, como a mandioca de mesa, mandioca para a indústria (matéria-prima para farinha e fécula), e a mandioca rica em sacarose, utilizada na produção de álcool e cerveja, possibilitando a expansão do cultivo e uso da mandioca na região.


"A pesquisa será conduzida na Fazenda Experimental da Universidade do Agro, a Cidade do Agro, em Uberaba - MG, ao longo de um período mínimo de 36 meses, nas safras de 2024 a 2027. O programa de melhoramento genético da Embrapa Cerrados será responsável por fornecimento de novas cultivares, enquanto empresas como a AGRIMEC atuarão no desenvolvimento de máquinas e equipamentos específicos para a mandiocultura. A limitação de cultivares melhoradas é um dos principais problemas da produção de mandioca. Embora existam alguns programas de melhoramento genético no país, muitos produtores ainda utilizam variedades tradicionais, que apresentam baixa produtividade, susceptibilidade às doenças, além de menor valor nutricional. Para enfrentar esses obstáculos, o projeto busca validar e divulgar novos clones geneticamente aprimorados, conhecidos como clones de elite", avalia o responsável pelo projeto, professor Ricardo Mendonça.


"Fomos procurados pelo professor Ricardo Mendonça para realizar testes com cultivares de mandioca, trazendo diversos clones e variedades com o objetivo de multiplicar as manivas-sementes e, posteriormente, conduzir ensaios para selecionar as cultivares mais adaptadas às condições de Uberaba. Entre os materiais trazidos, há cultivares de mandioca já recomendadas para o cerrado, além de clones novos destinados tanto para a indústria quanto para consumo in natura, com variações de polpa amarela e rosada. Também vamos multiplicar as manivas-sementes das cultivares já lançadas, que incluem opções de polpa amarela e rosada para ambos os segmentos. Após 12 meses do plantio, será realizada uma avaliação preliminar dos materiais que apresentaram melhor desempenho, e, com base nesses resultados, um novo ensaio será instalado com os materiais mais promissores para uma análise mais aprofundada de sua adaptação local", comenta o pesquisador da Embrapa, Josefino Fialho.


Uma parceira estratégica será com a Associação dos Produtores de Hortifrutigranjeiros e da Agroindústria Familiar do Vale do Rio Grande (HORVAGRA), encarregada de cadastrar os produtores interessados na cultura, auxiliar na difusão dos resultados obtidos ao longo da pesquisa e selecionar os produtores que receberão os clones de elite validados pelo projeto. "A associação também contribuirá com a organização dos eventos e acompanhamento técnico nas diferentes etapas da produção, caracterizando o melhoramento genético participativo, que envolve a colaboração direta dos produtores rurais ao longo do processo. Com a difusão dessas tecnologias, espera-se um impacto significativo na cadeia produtiva da mandioca, contribuindo para a segurança alimentar, a rentabilidade e a inovação no setor agrícola brasileiro. O projeto tem o potencial de beneficiar diretamente os produtores rurais e consumidores da região do Cerrado, fortalecendo a agricultura nacional e tornando a mandioca uma cultura ainda mais competitiva e sustentável", finaliza Mendonça.


Carolina Oliveira | Universidade do Agro