Nanotecnologia: Odontologia Uniube propõe abordagem inédita para redução de falhas clínicas no tratamento de cárie
A aluna do Programa de Pós-graduação em Odontologia (PPGODO) -Mestrado, Bruna Mandrá, e o estudante da graduação em Odontologia da Uniube, Kaio Gimenes Ribeiro, desenvolveram um trabalho de pesquisa inédito para a área. O projeto de iniciação científica visa associar o uso do cimento de ionômero de vidro ao vanadato de prata nanoestruturado para a diminuição de falhas clínicas no tratamento antimicrobiano. O trabalho foi orientado pela professora e doutora Denise Tornavoi de Castro e foi premiado com Menção Honrosa no 35º Congresso Odontológico de Bauru (SP).
De acordo com estudante Kaio, os Cimentos de Ionômeros de Vidro (CIV) possuem um papel importante no tratamento de pacientes de alto e médio risco de atividade da doença cárie, mas ainda possuem algumas falhas clínicas, como, por exemplo, o surgimento de cáries secundárias (que surgem mesmo após o tratamento restaurador). "A análise das propriedades mecânicas e biológicas dos materiais odontológicos tem como finalidade contribuir com o desenvolvimento de materiais melhores, bem como das aplicabilidades de cada um, promovendo uma melhor qualidade de vida dos pacientes quanto à saúde bucal e à prevenção de cárie", explica.
O trabalho foi desenvolvido, então, tendo em vista que o CIV é amplamente utilizado na área odontológica, devido às propriedades como: capacidade de adesão, liberação contínua de flúor, baixa solubilidade, excelente biocompatibilidade, dentre outras. 'Como odontopediatra, vivenciando a necessidade e a importância do uso desses materiais, em especial do CIV, o qual elejo como escolha no meu dia a dia clínico, a oportunidade de trabalhar em um projeto realizando a associação desse material na tentativa de melhorar suas características, foi transformadora. Portanto, sou extremamente grata ao PPGODO e a minha orientadora pelo acolhimento e pela possibilidade de trabalhar em um projeto enriquecedor e de grande relevância para a Odontologia", compartilha a mestranda Bruna.
A premiação
A inovação presente no trabalho foi destaque no 35º COB, que tinha como tema "A nova era da Odontologia". O projeto recebeu menção honrosa na área de Dentística e Materiais Odontológicos. "Foi uma experiência incrível, junto à Universidade, afinal eu pude entrar em contato com o meio científico, através de uma introdução sistemática à atividade de pesquisa, algo que sempre quis realizar em minha vida. Por meio da iniciação científica, eu obtive experiências complementares que poderão me proporcionar melhores oportunidades no mercado de trabalho", complementa Kaio.
Ainda segundo os autores, o desenvolvimento do projeto agregou conhecimentos teóricos-práticos e o aprimoramento de conhecimentos sobre método científicos. "Me sinto muito feliz e recompensada. Quem não gosta de reconhecimento pelo esforço empregado em um trabalho? Orgulho-me muito da premiação e a recebo como um incentivo para continuar me dedicando ao meu trabalho e entregando o meu melhor", destaca Bruna.
A pesquisa na Uniube
Iniciação Científica (IC) é um instrumento que permite aos alunos de graduação a familiaridade e o trabalho com a pesquisa científica. "A Odontologia, assim como todas as áreas do conhecimento, é uma profissão que está em constante evolução. Novas técnicas e novos materiais fazem parte da rotina do cirurgião-dentista e todo esse processo tem um objetivo comum: melhorar a qualidade de vida das pessoas. Isso significa que o profissional precisa se manter atualizado. A iniciação científica trabalha bem isso. Consiste em uma forma de introduzir os alunos de graduação no caminho da pesquisa científica, ou seja, para quem quer seguir a carreira de pesquisador, essa opção é fundamental", explica.
Por meio dela, o estudante pode acompanhar a elaboração de um projeto na companhia de um professor orientador. "A Uniube possui professores mestres e doutores, com grande produção técnico-científica, capazes de conduzir atividades de pesquisa em várias áreas do conhecimento. Esses professores são atuantes no PIBIC, um programa do CNPq que visa à qualificação de estudantes de graduação para a pesquisa científica. Através desse programa nós, docentes, podemos despertar a vocação e formar profissionais que futuramente poderão trazer grandes contribuições para a nossa sociedade. Fico muito feliz e com a sensação de dever cumprido quando vejo os alunos de iniciação científica da Uniube representando a instituição e se destacando nos eventos que participam. Isso demonstra a seriedade do trabalho desenvolvido", finaliza a professora.