MPHU prepara ação para o Dia Mundial do Rim
No dia 09 de março (quinta-feira), comemora-se o Dia Mundial do Rim e a direção do Mário Palmério Hospital Universitário (MPHU) programou uma série de atividades para colaboradores, pacientes e acompanhantes. Haverá palestra sobre a prevenção e os cuidados com doenças renais e os participantes poderão fazer exames no período da tarde.
A obesidade é um fator de risco da Doença Renal Crônica (DRC). Ela aumenta a incidência de outros fatores de risco, como diabetes e hipertensão arterial e tem impacto direto no desenvolvimento de doenças renais. Por isso, o foco do evento nesse Dia Mundial do Rim, no MPHU, será a prevenção aos fatores de risco, especialmente, a obesidade.
A abertura do evento está programada para às 8h, no anfiteatro 01 do Hospital. Os exames de prevenção de doenças renais serão realizados das 13h às 17h, na praça central do MPHU. No encerramento das palestras, por volta de 11h da manhã, será servido um lanche bem saudável aos participantes, com muitas frutas, para reforçar a importância da alimentação na prevenção dos problemas renais.
Referência em transplante Renal
O MPHU é um hospital-referência no tratamento de doenças renais, contando com um centro de hemodiálise e uma equipe especializada em transplante. Há duas semanas, no dia 15 de fevereiro, a paciente Ilza Nunes, da cidade de Patrocínio-MG, passou pelo procedimento para receber o rim doado pela própria filha. A cirurgia foi um sucesso e marcou uma nova etapa na vida da paciente, que enfrentava as sessões de hemodiálise. “Minha mãe, desde muito nova, sempre teve sérios problemas com pressão arterial, vindo a sofrer um AVC com 30 anos de idade. Devido à ingestão de medicamentos para o controle da hipertensão, ela acabou desenvolvendo um problema renal que, no começo de 2016, infelizmente, acabou levando-a para o doloroso processo de hemodiálise”, explicou a filha e doadora Poliana de Souza Nunes.
O transplante realizado, com doador vivo, oferece vantagens, pois como possibilidade terapêutica de escolha, é um procedimento que favorece a redução do tempo na fila de espera, aumentando a sobrevida do paciente, além de favorecer sua qualidade de vida e das suas relações familiares. A primeira etapa, para o transplante intervivos, é o exame de compatibilidade sanguínea. “Esperei ansiosamente o resultado do exame e deu positivo, 98% compatível. Fiquei muito feliz, mas na nossa primeira consulta, com o médico nefrologista, ele disse que eu precisava emagrecer 20 quilos para poder fazer a cirurgia e doar meu rim para minha mãe, sem riscos”, contou.
Apesar do desafio para Poliana, que na época pesava 89 quilos, deu tudo certo. Várias pessoas se envolveram no processo de preparação para o transplante e ajudaram a doadora a emagrecer. “Passei a ter aula de balé slim, academia e até nutricionista sem ônus algum. Foram três meses até conseguir chegar no peso ideal”, relembra.
O transplante foi realizado no dia 15 de fevereiro no MPHU. “A cirurgia foi um sucesso. Agradeço a toda equipe médica do Mário Palmério Hospital Universitário que fez um trabalho espetacular e a todos os funcionários que nos receberam tão bem por diversas vezes. Ser tão bem atendida, nesses momentos difíceis, faz toda diferença”, concluiu Poliana.
Dentre os vários serviços que o Mário Palmério Hospital Universitário oferece à população, o transplante renal ganha destaque, considerando que foi o primeiro serviço de alta complexidade credenciado pelo Ministério da Saúde. “O grande desafio do Programa de Transplante Renal do MPHU é contribuir, expressivamente, com o aumento do número desses procedimentos, sempre com qualidade e excelência nos resultados, visando a realização de, aproximadamente, 40 transplantes por ano”, afirma o nefrologista e coordenador de Transplante Renal do MPHU, Fabiano Bichuette.