MPHU e Clínicas Integradas dão início ao projeto do Centro de Anomalias Craniofacias Congênitas e Fissuras Labiopalatinas
A referência mais próxima a Uberaba é o HRAC/Centrinho, em Bauru, e o objetivo da gestão da Uniube é transformar a Instituição em uma referência no Estado
Carolina Oliveira
O Mário Palmério Hospital Universitário (MPHU) e as Clínicas Integradas deram início ao projeto do Centro de Anomalias Craniofaciais Congênitas e Fissuras Labiopalatinas. Em reunião com a Secretaria de Estado de Saúde, a Instituição foi informada que um novo Centro de Reabilitação deverá ser implantado e habilitado no Triângulo Mineiro, e para conseguir a habilitação como serviço de referência, os procedimentos seguirão a Deliberação CIB-SUS/MG no. 3442 de 15 de junho de 2021. Para o credenciamento, é necessária a produção de uma Série Histórica com 15 cirurgias: 5 cirurgias com tratamento concluído e 10 cirurgias com o paciente em acompanhamento. As cirurgias serão realizadas no MPHU e o acompanhamento no pós-operatório nas Clínicas Integradas da Uniube. Os primeiros pacientes começaram a ser triados na última quinta-feira, 06.
As unidades hospitalares de referência para o tratamento das pessoas com deformidade crânio facial (DFC) envolvem, necessariamente, uma equipe multiprofissional. "Esse não é um projeto da Odontologia, é um projeto totalmente multidisciplinar e envolve várias áreas, muito conhecimento na área de saúde. É um projeto que tem tudo a ver com a nossa instituição, principalmente por trabalhar pelo social, pelas pessoas que realmente precisam. Infelizmente as crianças que nascem com esse tipo de deformidade, além do trauma de ter esse tipo de problema, tem que deslocar para outra cidade, e além de todo o processo, ainda tem a logística que é bem complicada. Nós estamos trazendo um avanço muito grande não só para Uberaba como para a nossa cidade. A compreensão da Universidade em abraçar esse projeto, mesmo sem o recurso para ele, estamos bancando toda essa primeira fase onde nós temos que produzir quinze cirurgias para criar série histórica para poder entrar com o pedido de Ministério da Saúde", explica o gestor dos serviços odontológicos da Uniube e gestor do projeto, Fernando Hueb de Menezes.
Considerando a habilitação do serviço pelo Ministério da Saúde, após a produção da Série Histórica de 15 cirurgias e apresentação de demais documentações exigidas, a Instituição terá garantida uma verba mensal para manutenção do projeto, fora outras verbas acessórias e incentivos que por ventura possam vir. "Oficialmente é o primeiro encontro do programa que é extremamente desafiador e interessante, e pode ser reconhecido inclusive pela Secretaria de Estado. A intenção é essa, de aproveitarmos as possibilidades para abrirmos uma outra frente de trabalho. Temos a chancela para fazermos essa atividade que, inicialmente, segue sem financiamento do SUS. É uma aposta, portanto, da Sociedade Educacional Uberabense, em uma das suas finalidades que é assistencial, entregando à população mais um serviço. Um projeto importante para o acadêmico, para a assistência como um todo e para a população. Nós vamos fazer acontecer", pontua o diretor técnico do MPHU, Raelson de Lima Batista.
A referência mais próxima a Uberaba é o HRAC/Centrinho, em Bauru, e o objetivo da gestão da Uniube é transformar a Instituição em uma referência no Estado. "É uma satisfação muito grande, porque fincamos uma estaca para iniciarmos o programa, e nós vamos trabalhar como time mesmo. É o início de um grande projeto que vai impactar realmente toda uma sociedade, de Uberaba e região. Conhecemos um pouco da região, e sabemos que essa demanda era escondida, porque não tínhamos o serviço, o que gera uma dificuldade tremenda, ter que mandar o paciente, seja para Bauru ou Belo Horizonte. Nós temos um hospital geral multidisciplinar, de média em alta complexidade, nós temos a estrutura necessária para atender esse projeto e temos a chancela do reitor", afirma o diretor de serviços em saúde da Uniube, Iraci Neto.
Um grupo de especialistas da Uniube se reuniu para estabelecer o fluxo de atendimento à demanda da nossa região, que possa acolher esses pacientes e criar a possibilidade de oferta de mais uma formação aos nossos alunos. "Acho muito importante essa integração, esse projeto traz a oportunidade do conhecimento, da atenção em todas as áreas da saúde, não só na área médica. E pensamos sempre que a nossa função, a nossa missão é assistencial, mas é principalmente acadêmica. Nós queremos formar profissionais das áreas da saúde que tenham conhecimento e que possam atuar integradamente na solução dos problemas. Esse programa tem todo o nosso apoio, e contamos com o empenho de toda a equipe para que tudo dê certo", avalia o reitor, Marcelo Palmério.