Mestrado de Engenharia Química da Uniube realiza pesquisa em parceria com a Satis
O ex-aluno do Programa de Pós-graduação em Engenharia Química da Uniube, Welisson Rocha, defendeu, neste semestre, o trabalho "Efeito Fungicida das Frações Solúveis da Cavalinha (Equisetumhyemale)". O projeto foi feito em parceria com a empresa Satis e visa estudar métodos de extração de solúveis da cavalinha (Equisetum Hyemale) e avaliar o efeito para a inibição do fungo Exserohilum Turcicum em lavouras.
Esse fungo é conhecido como mancha foliar. Ele é conhecido por entrar na folhagem e danificar os tecidos fotossintéticos da planta, fazendo com que ela não receba luz e, assim, não absorva nutrientes. Dessa forma, interfere na produção direta dos frutos e pode até matar a planta se não tratada. "Um dos grandes objetivos da indústria agroquímica moderna é o desenvolvimento de produtos para o controle fitossanitário que não resultem em efeitos nocivos ao meio ambiente. Atuando na inovação, a SATIS estabeleceu parceria com o PPEQ visando ao desenvolvimento de produto proveniente de solúveis da cavalinha (Equisetumhyemale).", explica o coordenador do PPGE, José Roberto Delalibera Finzer.
A pesquisa foi executada em parceria com a FAZU (Faculdades Associadas de Uberaba), a SATIS e a Uniube. O estudo foi coordenado pelos professores Leonardo Campos de Assis e José Roberto Delalibera Finzer, pelo gerente de Inovação da Satis, o doutorando Fabrício Gomes Menezes Porto (egresso do curso de graduação em Engenharia Química da Uniube), e pela doutora em Agronomia Thaís Oliveira Ramalho Bean. "A banca examinadora contou com pesquisadores de expressão: o Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão da Uniube, André Luís Teixeira Fernandes, e Eusímio Felisbino Fraga Júnior do Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), ambos doutores na área de agronomia.", continua o coordenador.
A parceria com a empresa Satis teve início em 2020. "A empresa buscava desenvolver um novo produto e, assim, o gerente de inovação da SATIS Fabricio Porto procurou o professor Finzer para uma parceria que seria da seguinte forma:o PPGE determinaria um aluno do programa de Mestrado Profissional em Engenharia Química que receberia uma bolsa em forma de estágio pela SATIS e participaria do desenvolvimento deste produto.", explica o egresso.
Como Welisson trabalhou com processos de secagem durante a graduação, recebeu essa oportunidade. "Então me tornei estagiário da SATIS trabalhando nos laboratórios da Uniube. A empresa me contratou como estagiário de inovação e, assim, foi possível a concessão da bolsa.", complementa.
No final do contrato, o ex-aluno recebeu a proposta para ser efetivado e atualmente é um dos colaboradores da Satis, atuando com pesquisas em Araxá. "Foi um processo de amadurecimento para mim, consegui me desenvolver tanto em minha vida particular como profissionalmente. Sempre quis estudar Engenharia Química, sempre fui muito curioso sobre processos industriais e químicos e gostava muito de saber os porquês e na engenharia química pude aprender muito sobre eles.", destaca.
Welisson pretende continuar trabalhando na área de pesquisa e atualizando os estudos no ramo. "Aconselho todos a cursarem um Mestrado, pois a experiência que se vivencia e o leque que se abre são muito grandes, é totalmente diferente da graduação, o amadurecimento do profissional que cursa o mestrado muda bastante. Também, acredito que seria ótimo se todos pudessem ter esta oportunidade de parceria entre a empresa e a universidade. Parcerias desse tipo ajudam o aluno a se entusiasmar mais com o curso e a ver que realmente as empresas estão de olho, que realmente há chances e oportunidades. E, claro, que seus esforços, seus estudos e suas ideias têm seu valor.", finaliza.