Laboratório de práticas inovadoras é inaugurado na Uniube

A Uniube inaugurou, na manhã desta terça-feira (22), um laboratório de práticas inovadoras, o Uniube Marker. O espaço visa favorecer a validação de novos modelos de negócios, bem como servir de espaço prático para a prototipagem técnica o desenvolvimento de ideia. O projeto e a construção do espaço foram feitos pelo Escritório Modelo de Arquitetura (EMA), por meio de uma iniciativa da Incubadora de Empresas da Uniube (Unitecne).

O Maker Uniube é um espaço de prototipação de produtos e processos equipado com impressoras 3D, fresadora, CNC Router, Plotter e outras ferramentas de fabricação digital e prototipação rápida, controladas por computador e operadas com os mais diversos materiais de suporte para permitir a fabricação rápida, flexível e de baixo custo para os testes de conceito, protótipos e aplicações. "Esse é um espaço multiuso para que alunos, professores, empreendedores e comunidade possam ter oportunidade de usar a criatividade e colocar em prática as ideias que possuem através de um protótipo, seja em uma impressora 3D ou cortadora a laser, aqui nós temos recursos tecnológicos e capacitação para que as pessoas possam colocar a ideia em concretização, o que chamamos de protótipo", complementa a coordenadora da Unitecne, Dionir Andrade.  

A instalação do espaço faz parte de um conjunto de ações apresentadas pela incubadora de empresas à FAPEMIG, por meio do Programa de Apoio a Parques Tecnológicos e Incubadoras de Base Tecnológica (07/2019). "Nós queremos que nossos alunos, tanto de graduação, quanto pós-graduação, aprendam a prática de cada profissão. Então, é um ambiente onde nós vamos ter uma estrutura de técnicos administrativos e de docentes que permite que os alunos consigam desenvolver os próprios projetos, seja algo de dentro da Universidade ou até mesmo fora, já que ele pode desenvolver negócios com o auxílio da incubadora de empresas", explica o Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão da Uniube

A Unitecne é uma das unidades do Programa de Empreendedorismo e Inovação da Uniube, cujo principal objetivo é apoiar ideias inovadoras, de base tecnológica, bem como coordenar ações visando à disseminação do empreendedorismo e inovação. "A incubadora ajuda, apoia, orienta, todo mundo que quiser empreender. Então, o trabalho da incubadora é estar mais próximo do aluno, do professor, do empreendedor, no sentido de ajudá-lo a converter ideia em negócio. E aí eles podem usar esse novo espaço, o Maker Uniube, justamente para esses projetos que eles desenvolvem com a incubadora", pontua Dionir.

O espaço é aberto, por isso, não se restringe apenas aos projetos da incubadora. "A ideia é que seja um ambiente vivo, que os alunos estejam presentes aqui, que ocupem o espaço e desenvolvam projetos que vão mudar a realidade deles. Sempre buscamos pensar em novas formas de fazer com que os alunos melhorem o currículo e não saiam da Uniube com um simples histórico escolar. E esse é só o primeiro passo, para que a gente consiga trazer cada vez mais projetos como esse", diz o Pró-Reitor André Fernandes.

Participação do Escritório Modelo de Arquitetura

O EMA é responsável pelo atendimento de todos os setores da Instituição. Do escritório saem desenhos que se materializam em laboratórios, salas de aula e administrativas, leitos hospitalares e anfiteatros, além de restaurações, ampliações e reformas. Tudo o que a Uniube, o Hospital Veterinário de Uberaba (HVU) e o Mário Palmério Hospital Universitário (MPHU) precisam para edificar ou transformar a paisagem.

O Maker Uniube foi mais um projeto entregue pelo escritório. Com 691 metros quadrados, o espaço foi dividido em diversos ambientes para possibilitar a presença e o trabalho simultâneo de diversos projetos. "Nós queríamos um espaço aberto, onde pudéssemos receber as pessoas, mas também trabalhar, sem interferência. Ou seja, eu posso dar uma aula e ter as pessoas trabalhando na impressora, sem um atrapalhar o outro. Por isso, o desafio começou na divisão dos espaços, nós sabíamos que teríamos aqui um limpo, comandado por computadores; e um sujo, que é aquele espaço das máquinas, com madeira, serragem; e nós não podíamos misturar esses dois ambientes", explica a coordenadora do EMA, Carmem Maluf.

O segundo desafio do escritório seria fazer o espaço da forma mais econômica possível. "O EMA se reuniu com o Escritório de Planejamento e Obras da Uniube e foi pensando em todos os itens que seriam utilizados no Maker. A parte da marcenaria foi toda recuperada. Cadeiras, mesas, foram reforçadas e pintadas. Todas as estantes foram construídas com madeiras que já tinham na marcenaria e que estavam sem uso. Medimos peça por peça, fizemos todos os armários e todas as bancadas e tivemos um gasto de aquisição de novas mobílias quase zero", continua.

Para a coordenadora, ver o espaço pronto para uso e entregar mais um projeto é de grande alegria. "O grande diferencial hoje é que o nosso escritório realmente é modelo, no sentido de padronização de projeto, de ser estruturado. E, por isso, estávamos ansiosos pela entrega do espaço, afinal todo projeto que a gente entrega, não importa se é construção ou pintura, a gente se realiza da mesma forma", finaliza.