Jabuti recebe roupa provisória para recuperação de queimadura grave | Acontece na Uniube

Jabuti recebe roupa provisória para recuperação de queimadura grave

14 de dezembro de 23
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A roupa provisória é inédita no país e foi desenvolvida com resina sintética


A equipe do Hospital Veterinário da Uniube (HVU), desenvolveu uma roupa para lá de especial e inédita para um Jabuti que foi encontrado em Uberaba pela Polícia Ambiental e encaminhada ao hospital. Jenny, como foi carinhosamente apelidada pela equipe, é um Jabuti adulto de aproximadamente 20 anos. Durante a avaliação clínica, foi notada a ausência de placas córneas na carapaça, indicando possíveis queimaduras causadas pelo calor excessivo, proveniente de um incêndio.


O gerente clínico do HVU e responsável pelo Setor de Animais Silvestres, professor Cláudio Yudi Kanayama, explica que a roupa provisória é inédita no país e foi desenvolvida com uma resina sintética, que protege Jenny durante o processo de cicatrização. "Devido à extensão das queimaduras, ainda ocorre a soltura das placas córneas, um processo relativamente prolongado para répteis. A proteção provisória, feita de gesso sintético, similar ao utilizado em casos de fraturas em membros de humanos e animais domésticos, permite a observação diária, aplicação de tratamentos tópicos e a posterior remoção das placas mortas", comenta.


A médica-veterinária e aprimoranda em Animais Silvestres do HVU, Lara Bernardes Bizinoto, conta que, após a cicatrização, a "roupa provisória" será substituída por uma resina confeccionada em impressora 3D, com a colaboração dos alunos do curso de Medicina Veterinária. "Essa etapa acontecerá no Espaço Maker, um laboratório no Campus Aeroporto, equipado com impressoras 3D e outras ferramentas de fabricação digital, permitindo uma substituição mais avançada e personalizada da "roupa" por moldes projetados e aplicados sobre a parte cicatrizada da carapaça para conferir melhor proteção", avalia.


O termo "jabuti" refere-se a espécies terrestres nativas do Brasil, enfrentando desafios como perda de habitat, caça ilegal, comércio de animais, mordeduras de cães, traumas por veículos e queimaduras, motivos de resgate pela Polícia Ambiental e recolhimento ao HVU. "Após a recuperação e tratamento, Jenny será encaminhada para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETRAS), mantido pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). Este é um passo crucial para sua reintrodução ao ambiente natural, contribuindo para a preservação dessas espécies vulneráveis em Minas Gerais", conclui Cláudio Yudi.


Carolina Oliveira | Universidade do Agro