Expedição África: professores da Universidade do Agro vão à Costa do Marfim em missão multidisciplinar | Acontece na Uniube

Expedição África: professores da Universidade do Agro vão à Costa do Marfim em missão multidisciplinar

21 de março de 24
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A missão envolve profissionais de agricultura e pecuária integradas, piscicultura e instituto de veterinária


Entre os dias 22 de março e 04 de abril, os professores da Universidade do Agro, Cláudio Yudi e Mauricio Scoton, darão início a uma missão multidisciplinar no continente africano, em colaboração com o governo da Costa do Marfim e a Associação Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério das Relações Exteriores (MRE). O objetivo da missão é realizar um diagnóstico técnico na área de agricultura e pecuária, com vistas a implementar uma fazenda modelo e instalar um instituto de pesquisa veterinária em Abidjã.


"A ideia surgiu após uma visita do Ministro da Agricultura da Costa do Marfim ao Brasil durante a Expozebu há dois anos. Eles visitaram o Hospital Veterinário da Uniube (HVU) e ficaram muito impressionados com a estrutura e toda a pesquisa desenvolvida aqui. Este projeto destaca a internacionalização da Uniube, pois levaremos a proposta do nosso novo hospital veterinário, que foi idealizado aqui com a participação do escritório modelo e dos professores da Universidade do Agro. Essa transferência de tecnologia é algo fantástico para a Universidade do Agro; também ajudaremos na implementação de uma fazenda experimental. A ideia é que a Instituição participe ativamente com o mestrado em Sanidade e Produção Animal nos Trópicos, levando tecnologias de ponta que deverão ser adaptadas ao continente africano, para que a Costa do Marfim possa melhorar seu processo produtivo", pontua o Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão da Uniube, André Fernandes.


A missão tem foco especial em atividade de prospecção, um processo fundamental em um projeto de desenvolvimento. "O processo envolve a coleta de informações e a análise detalhada que determinará a viabilidade técnica, econômica e ambiental de novos empreendimentos. A parte de piscicultura já realizou prospecção, diferente das outras áreas. Querem construir um hospital veterinário escola baseado no modelo do nosso hospital. Em 2021, recebemos uma comissão da Costa do Marfim no HVU e gostaram muito da estrutura que nós oferecemos aos alunos de Medicina Veterinária. O HVU é um hospital escola com 24 anos e inúmeras experiências, que recentemente implantou o núcleo de qualidade, oferecendo a organização de processos e fluxos. Com isso, entraram em contato com a ABC, que faz essa ligação entre o país que deseja adquirir a tecnologia e o país detentor dessa tecnologia", comenta o professor Cláudio Yudi, que está à frente da área de Medicina Veterinária.


O professor Mauricio Scoton será responsável pelo diagnóstico de pecuária durante a missão. "Nossa colaboração nessa missão será levar a expertise, as tecnologias desenvolvidas no Brasil e já comprovadas, dentro de uma condição de solo e clima semelhante ao africano, analisando todas essas técnicas e avaliando o que é possível ser aplicado na Costa do Marfim. Temos um desafio muito grande com relação aos animais, à genética e controle da questão sanitária e nutricional. O grande objetivo do governo da Costa do Marfim é desenvolver a pecuária, para depender cada vez menos de outros países para a compra de proteína, proporcionando maior autonomia na produção de alimentos", avalia.


"Será uma oportunidade muito grande. Sinto-me honrado de ser convidado a participar pela Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão (PROPEPE), pelo professor André Fernandes. Levaremos conhecimento, mas também iremos aprender muito no continente africano, sabendo que existem formas de trabalho diferentes e nós temos que nos adaptar. Será o primeiro passo para que possamos, aqui no Brasil, estudar e enviar propostas de trabalho", explica Yudi.


"Ao retornar, iremos realizar um relatório de acordo com esse diagnóstico e acompanhar a evolução na implementação de técnicas que tragam melhores condições de produção de proteína para a Costa do Marfim, proporcionando mais alimentos para a população", finaliza Scoton.


Carolina Oliveira | Universidade do Agro