Ex-alunos da Uniube falam sobre os desafios da Engenharia de Produção em encontro virtual
O evento também abordou como será a nova lógica de mercado no momento pós-pandemia.
A Uniube promoveu, na última semana, o encontro “O profissional de Engenharia de Produção e os Desafios Globais do Presente e Futuro”, por meio da plataforma Google Meets. O encontro foi direcionado aos alunos da Instituição e reuniu três egressos do curso de Engenharia de Produção para discorrer sobre o tema.
O coordenador do curso, Fabrício Pelizer, explica a importância de trazer cases de sucesso para motivar os alunos e mostrar as várias possibilidades de carreira que um bacharel em Engenharia de Produção pode seguir. “Em nossa graduação, oferecemos todas as ferramentas para que o aluno possa iniciar uma carreira a partir da universidade, e não somente passar pelo curso”, explica.
Entre os convidados estava o engenheiro de processos, Thiago Trindade, que atua na área de Supply Chain, no Canadá. “Fui da primeira turma da Uniube e escolhi o curso pela característica de ser multifuncional. Já trabalhei com gestão de estoques, planejamento de produção, dados, e após me especializar em Gestão da Produção e Supply Chain e ter experiência como professor da Uniube, parti para um novo desafio no Canadá. Inicialmente, estudei inglês e, quando surgiu a oportunidade, comecei a trabalhar na minha área de formação. Meu projeto atual é o desenvolvimento de layout para o armazém de uma nova unidade da companhia onde trabalho”, conta Thiago.
Outra participante foi a coordenadora de produção, Inarah Florêncio. “Sempre gostei de matemática, mas não me interessei em fazer licenciatura. Vi na Engenharia de Produção uma forma de me aprofundar e abrir possibilidades de aplicar meus conhecimentos”, explica. Ela entrou na companhia com contrato temporário, mas foi efetivada como gestora de produção e, em cinco anos de casa, foi promovida como coordenadora. Florêncio fala também sobre os desafios de ser mulher em uma área tida como masculina. “Até hoje me sinto desafiada, pois na empresa são poucos cargos de liderança ocupados por mulheres. Muitas vezes, sou a única mulher na reunião, mas mantenho a minha postura e controle emocional. Já sofri preconceito, mas não me deixei abalar”, lembra.
A abordagem técnica da graduação em Engenharia de Produção da Uniube foi o que atraiu Michel Nery Tacon para o curso. “Os egressos têm todas as condições de assumir um cargo numa fábrica. Digo a quem está no curso que pode ficar tranquilo quanto a isso”, diz. Ele iniciou sua carreira como trainee em uma grande empresa, foi efetivado como gerente de manutenção e, após dois anos, transferiu-se para a área de produção. Atualmente é gestor de produção em uma agroindústria em Paranavaí (PR).
De acordo com Pelizer, o curso de Engenharia de Produção da Uniube contribui para a formação e leitura correta do mercado, o que possibilita a atuação em diferentes áreas e a superação de algumas dificuldades da vida profissional. “Nossa formação é técnica, mas também prepara o aluno em termos de relacionamento interpessoal, uso de tecnologias e questões ambientais”. “O curso também procura se aprofundar em temas relevantes para a atualizado, daí a realização deste encontro”, completa.
Entre os convidados, há um consenso de que as empresas e indústrias precisam se reinventar, principalmente diante do momento de pandemia que estamos vivenciando. Trindade reforça a necessidade de o engenheiro de produção ter a percepção do todo, além de muito foco e dedicação. “Nessa área, o profissional ganha reconhecimento por captar antecipadamente problemas que ninguém mais viu. Ele precisa estar sempre atualizado e continuar estudando, não pode se acomodar”, diz.
“Somos cada vez mais exigidos, especialmente no momento de pandemia, pois as empresas, para conseguirem se manter no mercado, terão que reduzir mais custos, inovar processos, mas sem tantas condições de investir em desenvolvimento ou algo que faça a produtividade aumentar. Precisamos ser inovadores e criativos e melhorar com o que a empresa tem a oferecer. O engenheiro de produção precisa também estar atento ao avanço da era digital e ter conhecimentos sobre robótica, inteligência artificial porque tem sido muito necessário para se manter no mercado” explica Florêncio.
Já Tacon chama a atenção para o momento de transição, especialmente no setor agroindustrial brasileiro, onde o moderno e o antigo muitas vezes ainda convivem, e saber que os profissionais recém-formados muitas vezes terão que pôr a mão na massa. “No setor em geral, precisamos estar atentos à revolução da indústria 4.0, especialmente no que diz respeito ao uso de drones e à impressão 3D. Quem tiver atento a esta área vai estar à frente”, finaliza.