Escultura de Amílcar de Castro pertencente à Uniube retorna a Uberaba em 2025
Obra foi destaque na exposição do Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia e no livro de Flávio Moura
A escultura "Sem Título", de Amílcar de Castro, que pertence à Uniube, volta para Uberaba em 2025. A obra foi cedida, em 2021, ao Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia (MuBE) para uma homenagem ao centenário do artista. Ela é a maior escultura de Amílcar, com 16 metros de altura e 27 toneladas. A exposição foi destaque no livro de Flávio Moura, que está disponível na Editora da Universidade de São Paulo, pelo link: https://www.edusp.com.br/livros/sem-titulo-de-amilcar-de-castro/.
A homenagem proposta pelo MuBE em 2021 visava destacar o centenário de Amílcar de Castro e foi a mostra mais abrangente dos trabalhos que ele desenvolveu, reunindo esculturas, desenhos e pinturas produzidos entre 1950 e 2002. Dentre as esculturas, destaca-se a da Uniube, uma obra típica da produção de Amílcar, conforme explica Flávio: "uma chapa de aço retangular, com um corte em diagonal que atravessa até o topo. Unida pela parte de cima, a peça é dobrada, formando duas hastes quase triangulares e longilíneas, que se apoiam no chão de forma transversal".
A obra foi um pedido do reitor da Uniube, Marcelo Palmério, e foi inicialmente concebida por Amílcar de Castro usando uma folha A4 e uma tesoura. "Ele recortou, dobrou e disse: vou fazer isso aqui", relembra o reitor. A construção da escultura foi supervisionada por um engenheiro e ficou exposta na entrada principal da universidade, em Uberaba, a partir de 1999.
Em 2021, o reitor foi procurado pelo MuBE para o empréstimo da obra, que seria incluída na exposição comemorativa das peças de Amílcar de Castro. A escultura permanece no museu até 2025, quando, após o período de empréstimo, retornará para Uberaba, onde sempre foi planejada para estar. "Eles estavam reunindo essas obras de todo o Brasil, principalmente de Belo Horizonte, e vieram até Uberaba pedir o empréstimo dessa escultura, que é a maior, em termos de tamanho, que Amílcar já fez. Nós aceitamos, cedemos, e eles vieram, retiraram a escultura com muito cuidado e montaram toda uma estrutura para transportá-la para São Paulo. Ela está atualmente instalada no pátio do museu", conta Marcelo Palmério.
Para o reitor, esse empréstimo foi importante para aumentar o reconhecimento da obra. ?Acho que esse empréstimo pode mostrar para São Paulo e para o Brasil uma das obras mais bonitas e mais importantes que Amílcar de Castro fez", enaltece o reitor.
"A escultura de Amílcar é um marco associado à universidade, um selo, em certa medida até um monumento", afirma Flávio no livro.