Direito e Psicologia da Uniube Uberlândia realizam palestra sobre direitos do idoso
Os cursos de Direito e Psicologia da Uniube Uberlândia realizaram, na última semana, uma palestra para os alunos sobre o direito do idoso. O evento contou com a participação das psicólogas e membros da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) de Minas Gerais, Cristiane Finotti e Maria Elena Menicucci. Participaram alunos de todos os períodos dos dois cursos, bem como professores.
De acordo com a diretora do curso de Direito da Uniube Uberlândia, Mônica Mendes, a palestra teve como tema "Idadismo: um preconceito, várias formas - 20 anos do Estatuto da Pessoa Idosa". "A palestra foi proveitosa para entender um pouco mais sobre o preconceito que existe em relação aos idosos, bem como um conhecimento mais aprofundado sobre o Estatuto da Pessoa Idosa. Acredito que a relação externa com o nosso público interno mostra que a Instituição está em evidência para discussão de assuntos do cotidiano com setores públicos, como a sociedade brasileira," destaca a diretora.
Para a palestrante Cristiane Finotti, a abordagem do tema é de extrema importância. "Aproveitamos o mês de outubro, que se comemora o Dia nacional e internacional da pessoa idosa, para discutir temas importantes para a causa. Conhecer sobre as instituições e os temas que envolvem o envelhecimento é de suma importância para toda a sociedade, pois todos estamos em processo de envelhecimento e a população idosa é a que mais cresce. O Brasil era considerado um país de jovens, atualmente alcança uma porcentagem significativa de 14%, com a tendência de 30% da população em 2050. Assim, em todas as áreas serão necessários recursos, intervenções, políticas públicas para atender a esse contingente," pontua.
Ainda segundo Cristiane, para o meio acadêmico, é importante conhecer os objetivos da SBGG, que têm como base as pesquisas científicas que respaldam os profissionais quanto aos novos tratamentos e formas de conduzir o atendimento da pessoa idosa. "O idadismo é uma violência sutil que pode afetar de forma significativa a saúde mental e não se refere apenas ao preconceito contra pessoas com idade avançada, porém, nessa fase, ele é muito comum e naturalizado, não sendo perceptível nem para quem faz a violência nem para quem é vítima dela. É preciso combater o idadismo através da educação, da interação entre as gerações e de políticas públicas efetivas que minimizem esse tipo de violência. O preconceito contra a idade e outros tipos estão embutidos nas relações familiares, sociais e institucionais. Por isso, o meio acadêmico precisa conhecer todos os mitos acerca do envelhecimento para que a relação com a pessoa idosa seja assertiva e adequada," complementa.
A psicóloga alerta os alunos sobre a importância de procurar informações e conhecimentos acerca do envelhecimento e de todos os fatores envolvidos. "Todos nós estamos em processo de envelhecimento e, se cada um conhecer mais sobre o processo natural de envelhecimento do ser humano, com certeza terá uma velhice com mais qualidade e será um profissional que valoriza todo o ciclo de vida nas suas peculiaridades. Conhecer a base do preconceito, seja qual for, com certeza tornará o profissional mais assertivo e solidário, propiciando uma sociedade mais justa e melhor qualidade de vida para a população", finaliza.