Criatividade e tecnologia: ex-aluno de Publicidade da Uniube conquista prêmio internacional com filme criado com Inteligência Artificial | Acontece na Uniube

Criatividade e tecnologia: ex-aluno de Publicidade da Uniube conquista prêmio internacional com filme criado com Inteligência Artificial

18 de junho de 25
1 / 1

Do Triângulo Mineiro para o mundo. O egresso do curso de Publicidade da Uniube, Rodolpho Cauhi, colhe os frutos de uma trajetória marcada pela ousadia, criatividade e inovação tecnológica. O diretor foi o único brasileiro premiado como melhor filme publicitário, com a obra "Lunar Pilot: Dark Side of the Moon", produzida com o uso de ferramentas de Inteligência Artificial.


O projeto integra a campanha da marca de relógios Bulova, e rendeu a ele o Silver Award no Moscow Shorts e o troféu de vencedor no Metamorph AI Film Festival, em Londres. Segundo Rodolpho, a proposta foi reinterpretar a primeira vez que o homem pisou na lua, com uma linguagem visual poética, cinematográfica e impactante.


"Quisemos sintetizar esse feito histórico em uma narrativa curta que mistura ficção científica, estética espacial e emoção humana. O filme é um manifesto visual, sobre o espírito de conquista e o legado que esse relógio representa", explica o publicitário. 


Para dar vida ao projeto, Rod utilizou as ferramentas de IA generativa combinadas com técnicas de imagem, ambientação, roteiro e movimentação de câmera. "O maior desafio foi manter a coerência estética e narrativa. Ao contrário do que muitos pensam, a IA exige direção. Ela amplia possibilidades, mas não substitui o olhar do criador. Trabalhar com essas ferramentas é um exercício constante de curadoria visual e desapego", pontua. 


O diretor destaca que o prêmio é um divisor de águas na carreira dele. "É a abertura de uma nova fase, em que posso unir minha bagagem no cinema tradicional com o futuro da criação audiovisual. Esse reconhecimento me mostra que estamos vivendo uma revolução, e que é possível estar na linha de frente com sensibilidade e inovação". 


Formado em 2010, Rodolpho reforça o papel da Uniube na formação profissional. "Foi na Uniube que aprendi a transformar ideias em execução, e isso me acompanha até hoje. Foi lá também que dei meus primeiros passos com audiovisual, e entendi que imagens comunicam tanto quanto palavras. Iniciei como diretor de cena e diretor de fotografia, e só em 2023 comecei a estudar IA a fundo. Percebi que poderia criar filmes inteiros sem câmera, apenas com comandos, roteiro e visão criativa. Isso me levou à fundação do Daydream Studio, meu estúdio focado em filmes feitos com IA. Hoje, essa é minha principal frente criativa", comenta. 


Nos futuros projetos, o diretor afirma que pretende seguir na linha de criação com IA. "Já dirigi peças para marcas como Spaten, Staedtler e outros projetos que circulam em festivais. A ideia é explorar ainda mais os limites da criação híbrida e lançar um curso para compartilhar esse conhecimento com outros criativos que queiram entrar nesse universo. Meu conselho para quem deseja trabalhar na área é: seja curioso. Estude além do óbvio. A inovação nasce do encontro entre repertório e execução", conclui. 


Pâmela Rita