Clínicas Integradas da Uniube realizam diagnóstico e intervenção auditiva no tempo ideal em bebê atendida pelo SUS
Raíssa Nascimento
A pequena Elouise de Souza Campos, de sete meses, recebeu em 11 de novembro seu primeiro aparelho auditivo nas Clínicas Integradas da Uniube, após um acompanhamento realizado inteiramente pelo SUS, que inclui triagem neonatal, diagnóstico e adaptação do dispositivo, etapas concluídas dentro da janela ideal para intervenção precoce.
Estudos e diretrizes nacionais e internacionais reforçam o marco "1-3-6", que orienta triagem até 1 mês, diagnóstico até 3 meses e início da intervenção até 6 meses. Isso porque a estimulação auditiva precoce está diretamente associada a melhores resultados na fala, na linguagem e no desenvolvimento cognitivo. Pesquisas mostram que crianças que iniciam intervenção antes dos 6 meses apresentam evolução significativamente superior quando comparadas às que começam mais tarde.
A trajetória de cuidado de Elouise começou cedo. Nascida em 24 de março, ela realizou o teste da orelhinha no dia 30 de abril, quando foram observadas ausências de respostas auditivas. Por ser prematura e diante da alteração no exame, foi prontamente encaminhada para avaliação especializada, uma decisão fundamental, reforçada pela presença constante da família em todas as etapas.
Entre abril e junho, a equipe de Fonoaudiologia das Clínicas Integradas da Uniube, composta pelas profissionais Bruna Balduino, Ana Rita Barbosa, Lívia Carvalho e Maria Júlia Oliveira conduziu avaliações detalhadas e estudou cuidadosamente o caso. Em julho, o diagnóstico de perda auditiva foi concluído, e a criança foi encaminhada ao programa de adaptação do aparelho auditivo da própria instituição. Em agosto, passou pela avaliação da equipe multiprofissional especializada em saúde auditiva das Clínicas, etapa obrigatória antes da seleção do dispositivo.
Após a confecção do molde auricular, o aparelho foi testado em 5 de novembro. Seis dias depois, em 11 de novembro, Elouise recebeu oficialmente seus dispositivos auditivos nas Clínicas Integradas da Uniube e iniciou imediatamente as terapias de estimulação, momento decisivo para o avanço do seu desenvolvimento.
Atendimento rápido dentro das recomendações internacionais
Todo o processo, da triagem ao diagnóstico, da seleção do aparelho ao início da terapia, ocorreu dentro dos prazos orientados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde, que recomendam que crianças com perda auditiva: sejam diagnosticadas o mais cedo possível, recebam aparelho auditivo idealmente até os 6 meses de idade e iniciem acompanhamento terapêutico logo após a adaptação.
De acordo com a fonoaudióloga Mariana Marquez, responsável pelo atendimento da criança nas Clínicas, o fluxo foi exemplar. "Concluímos o diagnóstico auditivo, adaptamos o aparelho e iniciamos a terapia dentro do prazo recomendado pela OMS. Com o envolvimento da família e o acompanhamento contínuo, trabalharemos para que Elouise tenha um desenvolvimento de fala o mais próximo possível de uma criança ouvinte."
Importância da intervenção precoce e do envolvimento familiar
A estimulação auditiva nos primeiros meses de vida é fundamental para o desenvolvimento da linguagem, da cognição e da socialização. Quanto mais cedo a criança recebe o diagnóstico, o aparelho auditivo e o acompanhamento terapêutico, maiores são as possibilidades de desenvolvimento pleno.
No caso de Elouise, além do cuidado especializado das Clínicas Integradas da Uniube, o engajamento da família. presente, participativa e informada em todas as etapas, foi determinante para que todo o processo ocorresse dentro dos prazos ideais.
A história reforça a eficácia da triagem neonatal e destaca a importância do acesso a serviços especializados que garantam atendimento humanizado, rápido e de qualidade às crianças com perda auditiva e às suas famílias.