Alunos do último período de Medicina realizam prova prática em atendimento
Os alunos do 12º período do curso de Medicina da Uniube realizaram, na última semana, uma avaliação prática para testar as competências, atitudes e habilidades durante um atendimento médico. A atividade é mais conhecida como OSCE (Objective Structured Clinical Examination) e é um dos métodos mais confiáveis para a avaliação de competências clínicas de estudantes e residentes em atividade. Os alunos se alternam em estações, em que encontram pacientes (atores) para a simulação de atendimento. A prova foi aplicada no bloco A do Campus Aeroporto da Uniube com a participação de mais de 20 professores.
A prática funciona da seguinte maneira: a cada 20 minutos um grupo de 10 alunos, previamente sorteados, desloca-se para a porta da sala onde acontecerá o atendimento. Cada graduando tem o período de cinco minutos para leitura e execução da tarefa solicitada. “Nós temos nessa atividade cinco estações, com as áreas de Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria, Clínica Cirúrgica, Clínica Médica e Medicina da Família. Fazemos de uma forma espelhada para que duas turmas façam a prova ao mesmo tempo, acontecendo em dez salas de aula, ao todo”, explica a médica especialista em Medicina da Família e coordenadora do internato do curso de Medicina, Fabiana Prado dos Santos Nogueira.
Cada sala é acompanhada por um avaliador que observa, sem manter nenhum contato com o avaliado, e pontua a realização da prática. O aluno é informado sobre o tempo de cinco minutos por apitos. O primeiro apito para a entrada na sala, o outro aos quatro minutos decorridos do atendimento e o último ao término de cinco minutos, avisando o final do tempo e determinando a saída de uma sala para outra.
São analisados: conhecimento médico, cuidado com o paciente, profissionalismo, conhecimento em ética e bioética, competências de comunicação clínica e interpessoal, prática baseada no aprendizado e em sistemas. “Hoje em dia um curso de Medicina tem que preparar o novo médico não apenas para o exercício da Medicina em si, mas para que ele consiga se desenvolver e ser aprovado nos concursos de residência e outras atividades que irá desenvolver. Então essa prova serve para ajudar na formação do aluno”, continua a professora.
O residente em Medicina da Família e Comunidade, Oliver Nicolas Santos Castilho, decidiu auxiliar na atividade como monitor. Para ele, a prova é muito importante para o fortalecimento acadêmico. “Nós consideramos para a prova casos que são muito comuns e tentamos trazer esse tipo de questão tanto ética quanto clínica para que os alunos, quando chegarem ao consultório, estejam preparados para lidar com esse tipo de situação”, conta.
A estudante de Medicina, Gabriela Ferreira Cunha, enaltece a relevância dessa prova como treinamento para o futuro médico. “Nós praticamos de forma mais objetiva, em uma abordagem mais prática dos casos, a conduta médica frente às diversas situações, principalmente as mais comuns. E eu acho isso muito bom, é uma ótima preparação que temos para residências e, de uma forma geral, como médicos mesmo”, pontua.
A avaliação prática acontece desde 2017 e conta com uma grande organização e estrutura para que a experiência do aluno seja a melhor possível. “Primeiro, nós precisamos simular um ambiente de atendimento médico, então necessitamos de sala, macas e equipamentos médicos. Nós utilizamos cerca de 15 salas e reorganizamos a carga horária de mais de 20 professores, para cada uma das estações. Também, estamos com uma equipe de apoio atuante no momento da prova, entre residentes, colaboradores de logística e organização. Contamos, ainda, com o apoio da zeladoria, prefeitura do campus, nutrição do hospital, que preparou um lanche, já que todos estão reclusos aqui por horas. Então tudo é organizado para que as atividades não parem”, conclui a professora Fabiana.