Alunos de Psicologia participam de palestra sobre racismo e envelhecimento com coordenador de políticas de igualdade racial | Acontece na Uniube

Alunos de Psicologia participam de palestra sobre racismo e envelhecimento com coordenador de políticas de igualdade racial

04 de novembro de 25
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Os alunos do curso de Psicologia da Uniube participaram, recentemente, de uma palestra sobre racismo e envelhecimento, conduzida pelo coordenador de políticas de igualdade racial da Fundação Cultural de Uberaba "Professor Antônio Carlos Marques", Reginaldo da Silva (Peixinho). O debate evidenciou como o racismo histórico e contemporâneo influencia as diferentes experiências de velhice entre grupos étnicos, além de destacar a importância de um olhar antirracista na atuação profissional.


A iniciativa integrou os conteúdos da disciplina "Psicologia do Desenvolvimento - Vida Adulta e Velhice", ministrada pela professora Marcela Silva Baccelli, e proporcionou aos estudantes um espaço de reflexão sobre diversidade, ancestralidade e identidade. A docente destacou que a experiência permitiu compreender que as velhices indígenas e africanas não se definem apenas pela passagem do tempo, mas pela profunda relação com a espiritualidade, a comunidade e a memória ancestral. 


"O encontro contribuiu para a formação de profissionais sensíveis às diversidades e às práticas de cuidado baseadas no respeito e na dignidade. Os estudantes ampliaram as referências de valorizar os saberes tradicionais, coletivos e comunitários, além de compreender a importância de promover práticas que respeitem a diversidade, combatam desigualdades e afirmem a dignidade humana como princípio fundamental da Psicologia", pontua Marcela. 


A aluna Elenice Maria Rodrigues Francisco avaliou o momento como uma vivência transformadora na formação acadêmica e pessoal. "Um dos meus maiores sonhos era cursar Psicologia. Aprender sobre temas tão importantes me alegra muito, especialmente quando tenho a oportunidade de vivenciar experiências como o diálogo com representantes indígenas Pataxó e com o coordenador de Políticas de Igualdade Racial. Participar dessa atividade foi muito valioso, pois mudou a minha perspectiva sobre as 'velhices plurais', a diversidade humana e as complexidades que envolvem esses processos", destaca a estudante. 


Para Reginaldo da Silva, palestras como essa representam um passo essencial para a consolidação de uma Universidade mais inclusiva e consciente do papel social. "O letramento racial e a ressignificação histórica são fundamentais para transformar o ambiente universitário. As Leis nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008 garantem que a história e a cultura afro-brasileira e indígena sejam incluídas no ensino, pois quando essas pautas são integradas, formamos com uma visão crítica sobre a sociedade, capazes de combater os vieses inconscientes e promover um espaço mais seguro, acolhedor e diverso", conclui Peixinho.


Pâmela Rita