Aluna conta como lida com as adversidades sendo deficiente visual na EAD | Acontece na Uniube

Aluna conta como lida com as adversidades sendo deficiente visual na EAD

23 de julho de 24
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A ex-aluna de Educação Física encontrou no curso de Serviço Social a oportunidade de ajudar indivíduos em vulnerabilidade


"Você não pode deixar os limites te impedirem. Eles servem para você parar ou transpor aquilo em função de uma melhora". Essa frase define como Cristina Messias leva a vida. A aluna deficiente visual, egressa de Educação Física, nasceu com uma doença rara que aos poucos causou a perda total da visão. Entretanto, a estudante não deixa as dificuldades atrapalharem os objetivos e investe na educação para impactar a vida de outras pessoas. 


"Na vida a gente faz escolhas. Então, a partir do momento que eu entendi que era uma pessoa cega, comecei a fazer as minhas. Escolhi uma profissão que eu gostava por praticar esportes, concluí o curso, trabalhei na área e, depois de alguns anos, descobri no Serviço Social a chance de colocar em prática tudo aquilo que eu acho que deve ser feito em prol não só das pessoas com deficiência, mas de todos", destaca. 


No pós-pandemia, Cristina recebeu o diagnóstico de deficiência visual total e, mesmo assim, não desistiu dos sonhos. "Eu tive alguns obstáculos que serviram de degrau para eu subir. Muitas vezes, o que torna uma decisão em uma má decisão é a forma que você lida com o que não deu certo. Isso diz muito mais sobre você do que sobre o que os outros vão achar. As minhas dificuldades não podem ultrapassar minha vontade de ser, fazer ou estar em algum lugar", pontua. 


No 2º período do curso, a aluna afirma que, após a formatura, pretende trabalhar em hospitais para acolher as pessoas que perderam entes queridos. "Os parentes do falecido não têm preparo para lidar com aquela situação e com os questionamentos que são feitos. Então, vejo o poder do serviço social de contribuir para saúde da pessoa que tem um problema não apenas físico, mas que também envolve questões pessoais, de trabalho e cobrança."


Com dois empregos e muita determinação, Cristina é exemplo de superação para todos os professores e colegas de turma. "Sou a maior incentivadora das minhas ações. Acredito que não existem limites impostos, existe a força de você fazer algo para o bem. Quando você foca na positividade, você sempre vai tirar uma lição e isso vai te tornar mais forte. Baseado nisso, você não vai permitir as pessoas te julgarem pela embalagem, mas sim pelo conteúdo, pelo que tem dentro de você", finaliza. 


O depoimento dado pela acadêmica faz parte da campanha "Sem Julgamentos. Só Educação", lançada pela Uniube, que reúne histórias de superação contadas por alunos, ex-alunos e professores da instituição. O vídeo geral da campanha da Uniube, assim como os depoimentos dos personagens, pode ser conferido no YouTube oficial da Uniube e nas redes sociais.


Pâmela Rita