Uma
surpresa na literatura brasileira
Em 1954, a Câmara Federal discutia intensamente
o problema dos crimes eleitorais para estudar
modificações na legislação.
Para contribuir no debate, o deputado Mário
Palmério escreveu uma série de relatórios
expondo artimanhas usadas em fraudes nas eleições
no interior. Era o embrião de seu primeiro
livro: Vila dos Confins.
De relatório, esses registros tornaram-se
crônicas e depois constituíram-se
em um romance que surpreendeu a crítica
e foi um estrondoso sucesso de público
em 1956.
Seu
segundo livro,
Chapadão do
Bugre, de 1965, foi inspirado em uma
chacina política ocorrida no começo
do século 20, na cidade mineira de Passos.
Editados
pela José Olympio, seus livros contaram
com litografias do mais celebrado ilustrador
brasileiro da época: Poty
Lazzarotto.
Com
estas obras, Palmério consagrou-se definitivamente
no panorama da literatura brasileira e foi eleito
para a Academia Brasileira
de Letras.
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Conheça
as obras
de Mário Palmério
Vila
dos Confins (1956)
Vila dos Confins trouxe uma relevante contribuição
para a literatura regionalista brasileira. A autenticidade
no uso do vocabulário sertanejo, o cuidado
na descrição geográfica do
cerrado e o verdadeiro conhecimento da alma e
do cotidiano do homem interiorano se entrelaçaram
em um testemunho legítimo da cultura de
povoações esquecidas nos confins
do Brasil. Leia mais |
Chapadão
do Bugre (1965)
Chapadão
do Bugre, interior de Minas, início do
século XX, época de coronéis
e jagunços, de mandar quem pode e de
obedecer quem tem juízo, de lavar a alma
com sangue. É nesse clima que se passa
a história de José de Arimatéia,
sujeito bom, de pouca prosa, muito reservado,
dentista ambulante, desgraçadamente enrabichado
por Maria do Carmo. Leia
mais
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Romance
inacabado
Confissões
de um assassino perfeito
Difícil, impossível
mesmo, um bem sucedido arrombamento na casa de
esquina de Seu Herculano Castanheira haveria
de ser essa a geral conclusão. Mas um homem
de gênio, de incomum perícia!
sim, um criminoso desse porte não
recuaria ante embaraços apenas aparentes. |
Mário
Palmério ocupou a Cadeira n. 2, sucedendo
Guimarães Rosa na Academia Brasileira de
Letras. Confira a seção
especial do Portal Mário Palmério
sobre a ABL |
O
regionalismo universal
Tradição
literária que experimentou o apogeu no
Nordeste teve no escritor mineiro uma renovação.
Por Jullyene Martins |
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Clipping
histórico
Confira a repercussão de Vila dos Confins na
imprensa |