Um
exagero amazônico
No
dia 10 de fevereiro de 1969 Mário
Palmério partiu para a Amazônia
em uma epopéia que acabaria
perdurando todo o ano. Nessa primeira
viagem, equilibrando-se em folclóricos
regatões - termo que designa
ao mesmo tempo o barco (de 15 metros
por 4) e o homem que faz o papel
de mascate das águas - o
escritor percorreu a Amazônia
ocidental e registrou em centenas
de fotografias as realidades
socioculturais da região.
Além da exuberância
da paisagem natural, as imagens
de Palmério são povoadas
por indígenas, missionários,
mineradores, seringueiros e militares.
O Memorial Mário Palmério
tem preservados e digitalizados
1.030 fotografias
e 219 slides,
que podem ser consultados na galeria
virtual.
Palmério voltaria à
Amazônia em 1978 e dessa vez
prolongou a viagem por inacreditáveis
9 anos. A bordo do Frey
Gaspar de Carvajal, escreveu
dois volumes de diários
de bordo, recebeu políticos
e cientistas e curtiu a vida. Por
problemas de saúde, em 1987
deixou de vez o barco, voltou a
Uberaba e assumiu novamente a Fiube.
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