Especial
Chapadão do Bugre
Alma
se lava é com sangue
Chapadão
do Bugre, o segundo romance de Palmério,
foi inspirado em uma chacina ocorrida em
Passos (MG)
Chapadão
do Bugre, interior de Minas, início
do século XX, época de coronéis
e jagunços, de mandar quem pode
e de obedecer quem tem juízo, de
lavar a alma com sangue. É nesse
clima que se passa a história de
José de Arimatéia, sujeito
bom, de pouca prosa, muito reservado,
dentista ambulante, enrabichado por Maria
do Carmo.
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A
chacina
"Foi quando o Coronel Ludgero Alves
viu então: debaixo da porta, infiltrando-se
pela fresta rente ao assoalho, a coisa começava
a escorrer sobre as tábuas larga
e grossa, e vermelha bicazinha... Sangue!
o velho, de instantâneo, tudo percebeu:
o Americão, o Calixtrato!... Num
arranco inesperado para trás, conseguiu
esgueirar-se por entre o sargento e a sentinela,
e tropegar rumo à escadaria."
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