Em
entrevista de três páginas ao "Pasquim",
publicada na edição do dia 8,
o governador Luiz Henrique declarou que "o político
que não lê, que não escreve,
não é político. Tenho uma
longa convivência com alguns políticos
que representavam aquela velha escola da política
doutrinária, política baseada
em doutrina, em idéias. Vou dar dois
exemplos de pessoas com as quais eu convivi
no cenário político nacional.
Nós fomos deputados juntos: o Ulysses
e o Tancredo. Aprendi com os dois que não
se faz política sem base cultural e me
tornei um leitor inveterado".
Emplacada
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Respondendo
a uma pergunta do cartunista Ziraldo, LHS assinalou:
"Um dia ainda vou escrever um livro sobre as
minhas conversas com o Ulysses. Às vezes,
a gente varava horas conversando. Tinha um deputado
apagado, que não falava, que não
participava de comissões. Um dia ele
foi ao gabinete do Ulysses levar um livro e
disse: 'Dr. Ulysses, eu gostaria que o senhor
me homenageasse com a leitura do meu livro'".
Emplacada
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"Era
um romance, aquele tipo de edição
pobre, com brochura bem modesta. Aquele tipo
de livro que você tem que pegar a espátula
e ir abrindo as páginas. Uma tipografia
antiga. E aquele livro ficou lá mofando
na biblioteca do Ulysses. Um dia, ele leu uma
reportagem, na revista 'Realidade', que era
um show na época, falando de um livro.
Que era o livro da década. E era justamente
o livro que tinha sido dado a ele. O deputado
era o Mário Palmério e o livro,
'A Vila dos Confins'. Aí, o Ulysses foi
mais do que depressa devorar o livro".
Anotícia
/ Cláudio Prisco
http://an.uol.com.br/2003/abr/16/0pri.htm