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28 de junho de 2013 - ( Palavras do orador ) Sessenta e cinco anos completos. Vivendo o sexagésimo sexto ano. Corria o ano de 1947. Coincidentemente, duas vidas tiveram o marco inicial naquele ano. Duas pessoas começaram a travessia da existência em 1947: uma, este que ora lhes fala: pessoa física; a outra, a instituição Universidade de Uberaba, UNIUBE, pessoa jurídica. Feliz e honrada coincidência existencial. E, de 1947 a 2013, inúmeras vidas perpassaram por esta entidade e nela ainda fazem morada, coexistindo na simbiose ontológica de responsabilidade mútua, de interdependência, de construção recíproca. Nós constituímos a Universidade de Uberaba, nós somos esta Universidade, e a UNIUBE nos constrói, ela é parte de nós, parte das pessoas que nela atuam, na medida em que acolhe alunos, professores, funcionários, enfim, pessoas que com ela convivem no caminhar de sua existência. Reportar a 1947 é ver a pessoa do professor Mário Palmério plantando a UNIUBE e com ela sonhando, nela acreditando, e por ela vivendo. E, numa metáfora estereotipada, a semente germinou, a planta vicejou e a árvore frutificou. E a UNIUBE continua. Esta Universidade faz-se presente na sociedade, na região, no país, formando profissionais e construindo pessoas, garantindo-lhes a sobrevivência, o sucesso profissional e a realização pessoal. Reportar ao ano de 1947 é torná-lo presente em 2013 e no porvir da História. E o que é a História? Nas palavras do filósofo Mário Ferreira dos Santos, “A persistência do fato histórico no presente revela que não é ele totalmente passado. O passado histórico é uma certa presencialidade do que já foi. Pelo histórico, o passado pervive no presente.” Assim é o fato histórico denominado UNIUBE. É o que foi ainda sendo. E o “foi” que ainda “é” não é totalmente passado, como diz o filosofo. É presente duradouro, é presente contínuo. A ação do passado não apenas fica, mas avança e progride. É o vir-a-ser acontecendo sempre, nunca deixando de ser. Retomando os conceitos do filósofo acima citado, “Desse modo, o fato histórico tem duas atualidades: a que constitui o seu presente e a sua permanência no futuro.” E nós, humildemente, concluímos: o presente é a permanência do passado e a antecipação do futuro. Assim é a Universidade de Uberaba, assim é a nossa querida UNIUBE, como a denominamos em tratamento familiar. Esta Universidade é presença viva, é parte da história de Uberaba e do Brasil. Sua ação não se esfacela com o tempo. Sua existência é perene presença histórica. As pessoas que hoje estão aqui recebendo homenagem, pelo tempo de trabalho e dedicação à UNIUBE, são o presente histórico desta Universidade. São pessoas que ajudaram na sua construção como entidade educacional de formação universitária. São pessoas que fizeram um pouco da história desta instituição, que continuaram a obra de seus predecessores e que precedem a obra dos que ainda virão para continuar a trajetória histórica da Universidade de Uberaba. Ao prestar esta homenagem a estas pessoas, a alta direção da Universidade de Uberaba lhes reconhece a presença viva e atuante como partes constituintes do todo que ela é. E parte da alta direção é constituída por seu ilustre Reitor, Professor Marcelo Palmério, que, neste momento, é também um dos homenageados, por estar aqui, trabalhando, atuando, agindo para a perpetuidade histórica da instituição Universidade de Uberaba. Não importa há quanto tempo trabalhamos na UNIUBE. Alguns estão com o tempo de serviço na casa dos quarenta e poucos anos, outros, na dos vinte e cinco. Somos cinquenta e uma pessoas que aqui estamos, há mais de vinte e cinco anos. Com muita honra, com indizível alegria, com extrema vaidade sadia, podemos proclamar: nós fizemos, fazemos e faremos a UNIUBE. Nosso muito obrigado. Newton Luís Mamede
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