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Há meio século, professor de Uberaba se dedica à missão de educar

15 de outubro de 18
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“Avalio minha carreira hoje como vitoriosa, pois consegui sempre realizar o sonho inicial [de ser docente]”, diz o professor Newton Luís Mamede, de 71 anos, um apaixonado pela profissão. Há 51 anos, ele se dedica à sala de aula. Nesse meio século, foram cinco instituições de ensino onde lecionou, mais de 10 cursos diferentes e um número incalculável de alunos formados.


Com sonho e vocação para docência, a carreira de Newton começou cedo. Enquanto cursava o primeiro ano de Filosofia, já lecionava profissionalmente. “Decidi ser docente quando estudava o 3º ano do Ensino Médio, naquele tempo denominado Curso Clássico. Na perspectiva de prestar exame vestibular para curso superior, decidi pelo curso de Filosofia, já vislumbrando a profissão de professor”, diz.


Além da formação em Filosofia, Newton optou também por estudar Letras. Uniu o que aprendeu com as duas graduações em textos. Foram mais de 300 crônicas escritas por ele em sete anos. “Minhas crônicas eram de sátira e humor, terminavam com um episódio humorístico, mas sempre criticando e satirizando a sociedade, a política e as pessoas”, conta.


Dos 51 anos de profissão, ele avalia duas grandes realizações: “ver o tanto de alunos vitoriosos na vida e colecionar uma enorme quantidade de amigos, meus ex-alunos. É compensador encontrar um advogado, um engenheiro, um dentista, um jornalista, um professor, um médico, um padre, que foram meus alunos. É uma satisfação indizível”.


E é claro que, com os anos, as diferenças com relação à docência foram grandes. “O mundo mudou, as relações pessoais, familiares e sociais mudaram, e isso repercutiu na escola, na sala de aula. Mas o essencial continua o mesmo: ter o aluno como um ser em formação, para cuja vitória na vida eu, como professor, contribuí”, explica.


O professor finaliza deixando um simples recado: “gostar do que faz”. Para ele, é preciso ter competência profissional em todos os sentidos, a começar pela vocação. “Qualquer atividade profissional é digna e abençoada, se exercida com a devida vocação. Ser educador, ser professor não é uma atividade secundária, ou um "bico", como se diz na gíria, enquanto aguarda o exercício de outra profissão. Não. Para ser professor, é preciso ter vocação para o magistério. O resto vem como consequência: estudar, dominar o conteúdo da disciplina que leciona, estudar sempre e cada vez mais, aprender o certo para ensinar o certo, ter educação e, acima de tudo, ser educador”, conclui.